Até 2026, estão previstas 110 edições da formação e a participação de cerca de 4,5 mil profissionais, que atuarão como multiplicadores dos conhecimentos
Aprimorar os conhecimentos dos policiais militares e promover mais segurança para a sociedade é o objetivo da 11ª e 12ª edição do curso de Câmeras Corporais e Uso da Força: Princípios e Práticas, realizado durante toda a semana passada (17 a 21 de março), na Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF).
Participaram das duas turmas 80 profissionais, que também tiveram lições do manejo de instrumentos de menor potencial ofensivo, como a arma de incapacitação neuromuscular e espargidor de spray de pimenta. Na grade do curso há ainda noções de transparência, de prestação de contas e de respeito aos direitos humanos, que são ministradas por meio da sensibilização, do treinamento técnico e do alinhamento com as melhores práticas nacionais e internacionais de segurança pública.
O curso é uma iniciativa da Diretoria do Sistema Único de Segurança Pública (Dsusp), da Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp). A diretora da Dsusp, Isabel Figueiredo, visitou os alunos do curso, na quarta-feira (19), e destacou a parceria entre o Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) e a Polícia Militar do Distrito Federal na capacitação dos profissionais.
“A PMDF é uma polícia que tem histórico importante no uso da força, em um regramento muito alinhado com a nossa nova portaria, com o nosso novo decreto. É importante ter esse contato com o profissional da ponta, que é quem vai atuar, implementar e usar os equipamentos que vamos doar”, disse Isabel.
Até 2026, estão previstas 110 edições do curso, com a formação de 4,5 mil profissionais, que atuarão como multiplicadores dos conhecimentos.
A comandante-geral da PMDF, coronel Ana Paula Barros Habka, parabenizou a Senasp “pelo excelente trabalho na capacitação dos nossos policiais, que constantemente estão sendo atualizados”. Ela destacou que é essencial que os policiais militares estejam sempre em contato com as novas tecnologias.
Tomada de decisão em contextos de crise
O coordenador-geral de Governança e Gestão do Susp (CGSusp), Márcio Mattos, destacou que a capacitação tem um componente central, que é trabalhar a tomada de decisão dos policiais em contextos de crise. Ele ressaltou que, mais do que aprender a utilizar os equipamentos, é necessário saber como utilizá-los em contextos de atendimento de ocorrência, de eventos críticos.
“Muitas vezes, os policiais não têm a orientação sob ponto de vista cognitivo, neurológico e psicológico, de como tomar decisões rápidas em contextos de crises. Esse curso trabalha a tomada de decisão também a partir de uma perspectiva de análise e simulação de cenários”, explicou Mattos.
(Com informações do Ministério da Justiça)
