
Conrado Vitali
Assessoria de Imprensa
Taguatinga-DF, 14 de março de 2025 – Realizada no mês passado, logo no início do semestre letivo, a Aula Magna do curso de Direito é um bom exemplo sobre como a Faculdade Guerra investe em debates importantes que oferecem a prática como confirmação da teoria acadêmica. A instituição trouxe à sua sede, em Taguatinga, o perito papiloscopista da Polícia Federal Hernani Rodrigues. O profissional tem uma longa folha de serviços realizado no campo da papiloscopia no contexto dos maiores casos de crimes e tragédias envolvendo a ciência forense da identificação pelas digitais humanas. Um auditório lotado por alunos, professores e convidados acompanhou, em detalhes e com riqueza de documentação (entre as quais, fotos e vídeos exclusivos) como a uso da papiloscopia foi fundamental na identificação dos corpos das vítimas da chamada “Tragédia de Brumadinho”, quando o rompimento de uma barragem matou 272 pessoas em janeiro de 2019.
O DESASTRE

O rompimento de barragem em Brumadinho em 25 de janeiro de 2019 foi o maior acidente de trabalho no Brasil em perda de vidas humanas e o segundo maior desastre industrial do século. Foi um dos maiores desastres ambientais da mineração do país, depois do rompimento de barragem em Mariana.
Controlada pela Vale S.A., a barragem de rejeitos denominada barragem da Mina Córrego do Feijão, era classificada como de “baixo risco” e “alto potencial de danos”pela empresa. Acumulando os rejeitos de uma mina de ferro, ficava no ribeirão Ferro-Carvão, na região de Córrego do Feijão, no município de Brumadinho, estado de Minas Gerais.
O desastre industrial, humanitário e ambiental causou a morte de 272 pessoas, em números oficiais. Em dados divulgados até 20 de dezembro de 2022, com a identificação da 267.ª vítima, quase quatro anos depois do rompimento da barragem, três pessoas vitimadas ainda seguiam desaparecidas. Em 6 de fevereiro de 2025, o Corpo de Bombeiros de Minas Gerais localizou os segmentos da vítima, incluindo um fêmur com prótese, na área de buscas pelas vítimas do rompimento da barragem da Vale. No mesmo dia, a Polícia Civil de Minas Gerais identificou mais uma vítima da tragédia como Maria de Lurdes da Costa Bueno, de 59 anos. Duas vítimas restantes seguem desaparecidas.